sexta-feira, 15 de junho de 2018

Passa(n)do a limpo

Eu me tenho.
Conclusão difícil essa.
Este não foi um ano fácil, nem está sendo.
Me permiti desequivocos. Essa palavra existe? Para mim, sim.
Desequivocos!
Sentir não é tarefa fácil.
Portanto, desequivoque-se!
Cada gesto, decisão, tomada de posição, nos faz elevar ou relevar.
Elevamos certezas ou relevamos fraquezas. As nossas. As dos Outros. A de quem amamos no passado ou no presente.
Reparem que quando dizemos "amamos" serve para presente e passado.
Amar, definitivamente, é uma decisão.
Desamar também.
Acredite!
Ninguém pode e deve ser mais importante que a gente mesma, apesar dessa maluquice fraterna que é se doar, mesmo quando não se tem para dar.
Dê!
Mas, saiba desdar. Estou boa na invenção de palavras hoje.
Portanto, desdê!
As palavras são minhas. Eu me tenho. Eu as tenho. Eu sou.
Quem?
Descubro a cada dia.
Meu símbolo é sempre o amanhã.
Minha bússola é continuamente virada para o alto mar.
Não vivo no raso. Não sobrevivo aos rasos. Não me submeto aos ratos.
Aprendi que somos desafiados em tempo integral, sobretudo quando temos a decência de ser quem somos, assumir nossas vidas como são : tortas, equivocadas, mas corajosas!
Aprendi, neste ano, que coragem incomoda.
Dói mais coragem alheia que vergonha de si mesma.
Aprendi.
Aprendo.
Me desprendo.
Despretensiosamente, prossigo.
Por quê?
Porque, de onde eu venho, apesar de, quem manda em mim sou eu.

(Cláudia Dornelles)

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